Bom, muita coisa pra falar, final de semana começou bem, como final de semana é muito relativo, o meu começou na segunda-feira, mas os vulgo conhecidos como eventos cults começaram na sexta-feira com o Café Filosófico na CPFL Cultura que trouxe um dos poetas/escritores mais irreverente, inteligente, perspicaz e (porque não) louco da atualidade, Fabrício Carpinejar. O gaúcho Carpinejar, como é conhecido, tem uma visão muito interessante do que é ser homem, ser pai e por esse e outros motivos (pelo menos imagino que seja) a CPFL o trouxe para falar sobre as Reinvenções dos Vínculos, isso mesmo, família.
“De que modo reagir em famílias formadas com filhos de pais ou mães diferentes, meio-irmãos, guarda partilhada, casais homoafetivos, amigos conselheiros, avôs jovens? Como combinar rigor com liberdade? Como educar a criança no meio da ausência de papéis fixos? Funcionou a substituição da imposição de limites pela importância dos exemplos?” (CPFL Cultura)
Usando exemplos de sua própria vida e com um jeito único de se expressar, Carpinejar falou sobre as famílias contemporâneas, relações entre pais e filhos, relações entre casais e diz que acredita fielmente que quem ama fala mal, quem ama não diria machuca, mas alfineta, provoca, para dar aquele “q”zinho.
E como o final de semana foi muito cultural, passamos de filosofia à música (que em muitas vezes continua sendo uma filosofia com melodia), foi mais uma edição da Virada Cultural Paulista, aquela que acontece simultaneamente, junto e ao mesmo tempo (usei a mesma piadinha ano passado #criatividadezero) eventos culturais nas cidades interioranas do estado de São Paulo. Dessa vez (finalmente), após dois anos a cidade de Campinas voltou a participar do evento, mas...como foi uma decisão meio tardia, na prorrogação da morte súbita, não tivemos por aqui muitas atrações de peso, os nome mais conhecidos eram o da nossa queridíssima Paula cabelo lindo Lima (palavras de 1/3 ) e os Raimundos. Mas as cidades vizinhas que se programaram com mais tempo, estavam muito convidativas! Mogi Guaçu trouxe nosso sambista mais que querido, que sempre vai “fazendo a sua parte”, Diogo Nogueira. Em outras cidades tivemos a revelation Maria Gadú, tivemos também Céu, Mariana Aydar, dentre outros tantos conhecidos de longa data e outros que ainda não tem o reconhecimento merecido, mas que tem qualidade tanto quanto.
Com um público (rotativo) de 1,7 milhões de pessoas, a 5° edição da Virada Cultural Paulista de 2011 foi um sucesso.
A trupe e eu, partimos no primeiro dia para a “Corrida Cultural”, como disse um dos amigos, na verdade não foi tão corrido assim em quantidade e sim tempo apertado pra curtir as duas atrações em apresentações meio que seqüenciais, mas em locais um “cadinho” distantes (70km).
Começamos em Indaiatuba, às 22:30hr, com a Banda Vega (quando escrevo Vega o Word insiste em corrigir para Veja, mas que teimoso, vou revisar, mas se tiver algum erro desse tipo... me perdoem e a culpa é do word), uma banda muito legal, que trabalha forte a história das canções relacionadas ao mundo. A banda que se apresenta principalmente em palcos paulistanos é formada pela belíssima voz de Claudia Gomes, a guitarra afinadíssima de Marcos Kleine, o alto baixo de Mingau e a pulsante bateria de Caio Mancini. Atualmente a banda tem tido participação muito ativa nas trilhas sonoras das novelas SBTsísticas. Pegamos o show na metade, confesso, que valeu a pena só por poder assistir a versão deles de Construção do Chico Buarque, apresentação perfeita.
Depois... corre que é a vez de Santa Barbara d’ Oeste, com a roqueira baiana, Pitty às 00:00hr. Chegamos, urrruuu, descendo do carro e ouvimos um som, está começando (demos sorte pois chegamos vinte minutos atrasados). O Centro Social Urbano estava muito, mas muito lotado, deu pra “ouvir” muito bem (e as vezes até ver um vulto no palco), todo mundo equalizou com a baiana. Muito bom e importante pra que eu tirasse alguns "pré-conceitos" da cuca!
Depois de dois shows muito bons, hora de voltar pra casa, que daqui a pouco tem mais... às 14:00hrs metade da trupe já está pronta pra voltar a ativa, partiu Indaiatuba de novo, hoje a noite vai ser boa!
Primeiro show da programação, Luiza fofa Possi, às 15:30hrs!! Já conhecia o show da Lulu (intima), mas show aberto é ouuutra coisa! A Possi estava a toda, cantando muita música pro pessoal sair do chão, me surpreendeu muito!!! Nem o mocinho do fio estava conseguindo acompanhá-la, ela deu uma canseira nele. A Luiza como todos sabem, filha de Zizi Possi, atual jurada do programa Ídolos, está com uma presença e um carisma cada vez maior/melhor, como diz uma querida, “ela é muito emoção”, e é mesmo!
Seguindo o cronograma da virada, depois da Lulu, tivemos o encerramento com nada mais nada menos que Paralamas do Sucesso, não vou mentir, falar que ouço eles e que sou fã, mas não posso ser hipócrita de dizer que mesmo não sendo da minha geração (se é que isso existe, pois acho que tem artistas que meio que permanecem) eu não sabia cantar mais da metade do repertório deles. E não é que eles tiram o publico do chão mesmo?! Se eu tinha dúvidas, acabaram, show do Paralamas é daqueles que se precisa ver, tipo aqueles 1000 lugares que você tem que conhecer, então, mais ou menos isso, um dos 1000 shows que precisa ser assistido.
É, esse ano me rendi ao rock, com excessão da Lulu... todas apresentações são consideradas típicamente rockianas e foi bom também, é importante ver outras coisas! (Mas o samba continua aqui, sempre, só pra constar!!)
fonte de pesquisa: WWW.cpflcultura.com.br ; WWW.lufernandes.com.br/viradacultural2010 e a trupe.
imagem Carpinejar: divulgação
imagens: juliana brentegani