quinta-feira, 19 de maio de 2011

Carpinejar Café e Virada Cultural Paulista 2011

Bom, muita coisa pra falar, final de semana começou bem, como final de semana é muito relativo, o meu começou na segunda-feira, mas os vulgo conhecidos como eventos cults começaram na sexta-feira com o Café Filosófico na CPFL Cultura que trouxe um dos poetas/escritores mais irreverente, inteligente, perspicaz e (porque não) louco da atualidade, Fabrício Carpinejar. O gaúcho Carpinejar, como é conhecido, tem uma visão muito interessante do que é ser homem, ser pai e por esse e outros motivos (pelo menos imagino que seja) a CPFL o trouxe para falar sobre as Reinvenções dos Vínculos, isso mesmo, família.

De que modo reagir em famílias formadas com filhos de pais ou mães diferentes, meio-irmãos, guarda partilhada, casais homoafetivos, amigos conselheiros, avôs jovens? Como combinar rigor com liberdade? Como educar a criança no meio da ausência de papéis fixos? Funcionou a substituição da imposição de limites pela importância dos exemplos?(CPFL Cultura)

Usando exemplos de sua própria vida e com um jeito único de se expressar, Carpinejar falou sobre as famílias contemporâneas, relações entre pais e filhos, relações entre casais e diz que acredita fielmente que quem ama fala mal, quem ama não diria machuca, mas alfineta, provoca, para dar aquele “q”zinho.

E como o final de semana foi muito cultural, passamos de filosofia à música (que em muitas vezes continua sendo uma filosofia com melodia), foi mais uma edição da Virada Cultural Paulista, aquela que acontece simultaneamente, junto e ao mesmo tempo (usei a mesma piadinha ano passado #criatividadezero) eventos culturais nas cidades interioranas do estado de São Paulo. Dessa vez (finalmente), após dois anos a cidade de Campinas voltou a participar do evento, mas...como foi uma decisão meio tardia, na prorrogação da morte súbita, não tivemos por aqui muitas atrações de peso, os nome mais conhecidos eram o da nossa queridíssima Paula cabelo lindo Lima (palavras de 1/3 ) e os Raimundos. Mas as cidades vizinhas que se programaram com mais tempo, estavam muito convidativas! Mogi Guaçu trouxe nosso sambista mais que querido, que sempre vai “fazendo a sua parte”, Diogo Nogueira. Em outras cidades tivemos a revelation Maria Gadú, tivemos também Céu, Mariana Aydar, dentre outros tantos conhecidos de longa data e outros que ainda não tem o reconhecimento merecido, mas que tem qualidade tanto quanto.

Com um público (rotativo) de 1,7 milhões de pessoas, a 5° edição da Virada Cultural Paulista de 2011 foi um sucesso.

A trupe e eu, partimos no primeiro dia para a “Corrida Cultural”, como disse um dos amigos, na verdade não foi tão corrido assim em quantidade e sim tempo apertado pra curtir as duas atrações em apresentações meio que seqüenciais, mas em locais um “cadinho” distantes (70km).

Começamos em Indaiatuba, às 22:30hr, com a Banda Vega (quando escrevo Vega o Word insiste em corrigir para Veja, mas que teimoso, vou revisar, mas se tiver algum erro desse tipo... me perdoem e a culpa é do word), uma banda muito legal, que trabalha forte a história das canções relacionadas ao mundo. A banda que se apresenta principalmente em palcos paulistanos é formada pela belíssima voz de Claudia Gomes, a guitarra afinadíssima de Marcos Kleine, o alto baixo de Mingau e a pulsante bateria de Caio Mancini. Atualmente a banda tem tido participação muito ativa nas trilhas sonoras das novelas SBTsísticas. Pegamos o show na metade, confesso, que valeu a pena só por poder assistir a versão deles de Construção do Chico Buarque, apresentação perfeita.

Depois... corre que é a vez de Santa Barbara d’ Oeste, com a roqueira baiana, Pitty às 00:00hr. Chegamos, urrruuu, descendo do carro e ouvimos um som, está começando (demos sorte pois chegamos vinte minutos atrasados). O Centro Social Urbano estava muito, mas muito lotado, deu pra “ouvir” muito bem (e as vezes até ver um vulto no palco), todo mundo equalizou com a baiana. Muito bom e importante pra que eu tirasse alguns "pré-conceitos" da cuca!

Depois de dois shows muito bons, hora de voltar pra casa, que daqui a pouco tem mais... às 14:00hrs metade da trupe já está pronta pra voltar a ativa, partiu Indaiatuba de novo, hoje a noite vai ser boa!

Primeiro show da programação, Luiza fofa Possi, às 15:30hrs!! Já conhecia o show da Lulu (intima), mas show aberto é ouuutra coisa! A Possi estava a toda, cantando muita música pro pessoal sair do chão, me surpreendeu muito!!! Nem o mocinho do fio estava conseguindo acompanhá-la, ela deu uma canseira nele. A Luiza como todos sabem, filha de Zizi Possi, atual jurada do programa Ídolos, está com uma presença e um carisma cada vez maior/melhor, como diz uma querida, “ela é muito emoção”, e é mesmo!

Seguindo o cronograma da virada, depois da Lulu, tivemos o encerramento com nada mais nada menos que Paralamas do Sucesso, não vou mentir, falar que ouço eles e que sou fã, mas não posso ser hipócrita de dizer que mesmo não sendo da minha geração (se é que isso existe, pois acho que tem artistas que meio que permanecem) eu não sabia cantar mais da metade do repertório deles. E não é que eles tiram o publico do chão mesmo?! Se eu tinha dúvidas, acabaram, show do Paralamas é daqueles que se precisa ver, tipo aqueles 1000 lugares que você tem que conhecer, então, mais ou menos isso, um dos 1000 shows que precisa ser assistido.

É, esse ano me rendi ao rock, com excessão da Lulu... todas apresentações são consideradas típicamente rockianas e foi bom também, é importante ver outras coisas! (Mas o samba continua aqui, sempre, só pra constar!!)

fonte de pesquisa: WWW.cpflcultura.com.br ; WWW.lufernandes.com.br/viradacultural2010 e a trupe.

imagem Carpinejar: divulgação

imagens: juliana brentegani

domingo, 1 de maio de 2011

Malemolengando com Céu - Sesc Campinas

Oito meses após sua passagem pela Conexão Cultural do Parque Dom Pedro, Céu retorna com sua malemolência à Campinas.

O Show foi em comemoração aos 10 anos de reinauguração do Sesc Campinas e aconteceu no dia 08 de abril, uma noite linda, casa consideravelmente cheia, público cantante e uma banda de dar inveja (com Guilherme Ribeiro - guitarra, teclados e acordeon, Lucas Martins - baixo, Samuel Fraga - bateria e o DJ Marco - MPC e pick up.

O show foi de todo bom, mas gostaria de dar enfâse na parte onde Céu interpreta a canção " É Preciso Dar um Jeito, Meu Amigo " que ela gravou com o rei Erasmo Carlos (não não, não é errei, é Erasmo mesmo)rs

Sesc sempre de parabéns, público, Céu também!

Post de Setembro de 2010, sobre Céu na Conexão Cultural: http://bloquinhodecultura.blogspot.com/2010/09/vagarosa.html




texto e imagens: juliana brentegani

quarta-feira, 13 de abril de 2011

TODO CARNAVAL TEM SEU FIM

Acredito que esse ano foi um dos carnavais mais tranqüilos que já tive (desde que comecei de fato a “curtir” a festa), acho que tive mais discussões sobre a origem do carnaval, do que tive a tal “carnafolia”. Toda essa discussão sobre o que é o que não é me despertou a curiosidade para saber onde realmente surgiu, a origem de verdade, encontrei esse resuminho que da pra ter uma noção bem legal de como surgiu e se desenvolveu a festa...

O carnaval é uma festa que se originou na Grécia em meados dos anos 600 a 520 a.C.. Através dessa festa os gregos realizavam seus cultos em agradecimento aos deuses pela fertilidade do solo e pela produção. Posteriormente, os gregos e romanos inseriram bebidas e práticas sexuais na festa, tornando-a intolerável aos olhos da Igreja. Com o passar do tempo, o carnaval passou a ser uma comemoração adotada pela Igreja Católica, o que ocorreu de fato em 590 d.C. Até então, o carnaval era uma festa condenada pela Igreja por suas realizações em canto e dança que aos olhos cristãos eram atos pecaminosos.

A partir da adoção do carnaval por parte da Igreja, a festa passou a ser comemorada através de cultos oficiais, o que bania os “atos pecaminosos”. Tal modificação foi fortemente espantosa aos olhos do povo, já que fugia das reais origens da festa, como o festejo pela alegria e pelas conquistas.

Em 1545, durante o Concílio de Trento, o carnaval voltou a ser uma festa popular. Em aproximadamente 1723, o carnaval chegou ao Brasil sob influência europeia. Ocorria através de desfiles de pessoas fantasiadas e mascaradas. Somente no século XIX que os blocos carnavalescos surgiram com carros decorados e pessoas fantasiadas de forma semelhante à de hoje.

A festa foi grandemente adotada pela população brasileira, o que tornou o carnaval uma das maiores comemorações do país. As famosas marchinhas carnavalescas foram acrescentadas, assim a festa cresceu em quantidade de participantes e em qualidade.

(Por Gabriela Cabral - Equipe Brasil Escola)

Muita gente vê o carnaval como a festa da Carne (e de fato o nome deriva disso) e embora cada um seja livre para pensar o que quiser...  eu vejo o carnaval inicialmente uma manifestação popular, desde sempre ( o carnaval reuniu apaixonados pelo samba para fazer o algo mais, hoje em dia (obviamente) o significado é desvirtuado, mas ainda assim, vejo como o momento em que as pessoas são o que queriam ser...

Mas enfim, depois de um breve desabafo (rs), como diria meus queridos Los Hemanos “Todo Carnaval tem seu fim”, e cá estamos!

Esse ano (pelo menos em Campinas) “começa” de forma interessante, dos dias 24 a 27/03 aconteceu o Grito de Rock. Em maio após 3, isso mesmo, TRÊS anos, resolveram nos devolver a Virada Cultural, a CPFL Cultura está voltando pouco a pouco com sua progração, os Cafés Filosóficos estão a todo o vapor, ai ai... parece que será um ano bacana.rs

“ Deixa eu brincar de ser feliz”!

juliana brentegani

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

26° Campanha de Popularização do Teatro de Campinas - Barangodó

Dia 14 de janeiro começou em Campinas a Campanha de Popularização do Teatro. A campanha promove a apresentação de peças a preço acessível a população, acessível é até uma palavra simpática de dizer, pois na verdade as peças saem praticamente gratuitas (R$ 5,00 antecipado). Se me permitem um parênteses, é triste ver que apesar da campanha ser para "popularização" do teatro, as principais pessoas a quem ela deveria atingir... não comparecem, talvez não saibam o que se passa, se sabem tratam a campanha com descaso gigante, enfim...

Domingo fui conferir a peça, que aliás estava com uma divulgação fortíssima e até ganhou sessão extra no sábado às 19:00hr, era a comédia Barangodó City, A Comédia dos Sexos. 
O velho e precário teatro do CCC (Centro de Convivência de Campinas) estava lotado, as pessoas se reuniram não só com o intuito de prestigiar a cultura, mas também incentivar e acompanhar o trabalho desenvolvido por velhos conhecidos, amigos; pois o grupo que se apresentou, Grupo Sotac, é coisa nossa, grupo da cidade de Campinas.

A peça passava-se na cidade "Rosa", onde todos os homens sumiram e as esposas dos desaparecidos passaram a exercer suas funções. Durante a trama toda, a idéia que se passa é que um a um os homens da cidade foram desaparecendo misteriosamente e a culpa era atribuida ao "sombra", ou sei lá qual o nome ao qual o chamavam, então a missão era prender o tal; porém no final da história... vê-se que não era bem isso o que estava acontecendo.

Barangodó City parece ter agradado a maioria do público, embora tenha pecado nos quesitos técnica, texto e interpretação propriamente dita; mas como todos os personagens eram estereótipos ao extremos, "talvez" isso até tenha sido proposital.

Essa peça já foi, mas ainda da tempo de prestigiar a Campanha que vai até dia 27 de fevereiro! Simbora pessoal, prestigiar pra não acabar!


Local: Centro de Convivência Cultural de Campinas
Endereço: Av.: Julio de Mesquita, s/n | Bairro Cambuí | Campinas/SP
Pontos de Venda: Bilheteria do Teatro Centro de Convivência
Horário de Funcionamento: Sempre de terça à domingo, das 16:00 às 21:00 horas.
Telefone: 19 – 3232.5977 Ingressos
Promocionais:
R$ 5,00 comprados antecipadamente até um dia antes do dia do espetáculo
e R$ 10,00 no dia do espetáculo.
Mais Informações: na seção contato ou mande um e-mail para info@teatrocampinas.com.br


imagem1:  divulgação campanha
imagem2: gruposotac.com.br