sexta-feira, 30 de julho de 2010

Música: Os Novos Alvos de Ana Costa

No último dia 20, a Fnac Campinas trouxe a cantora Ana Costa para divulgar seu novo trabalho, o cd Novos Alvos.

Criada no reduto do samba, a Lapa Carioca e influenciada por Martinho da Vila e sua família, Ana Costa tomou gosto pelo samba e de lá não saiu. Cantando nas noites cariocas desde os 18 anos, Ana constituiu sólida carreira como cantora, intrumentista e compositora.

Em seu currículo Ana tem grandes parcerias (como com a cantora Zélia Duncan e Martinália); dividiu o palco com nomes de peso do samba (como: Beth Carvalho, Martinho da Vila, Jorge Aragão, Velha guarda da Portela, Leci Brandão); já foi backing vocal de Martinho da Vila, Noca da Portela, Dorina, entre outros; foi eleita cantora revelação no 5º premio Rival Petrobrás BR; em 2007 foi escolhida para ser cantora na abertura oficial dos Jogos Pan-Americanos (para um público de mais de 80mil pessoas, Maraca lotado), quem a escolheu? Nada mais e nada menos que por Liminha, autor do tema dos jogos em parceria com Arnaldo Antunes. Ana participou também de grandes projetos e homenagens a grandes nomes da música, ... ufa... não acabou, mas já deu pra ter uma noção que a moça não é fraca não é?

Ana cantou na Vila Isabel/Lapa por anos em um grupo só de mulheres, ”O Roda”, várias coisas aconteceram e em 2006 resolveu lançar seu primeiro CD solo (Meu Carnaval), lançado em março de 2006 pela Zambo Discos. Como ela mesma disse na apresentação na Fnac (20/07), por o disco ser uma produção "meio" que independente, teve uma tiragem pequena (5.000 cópias apenas) e por enquanto não pode ser mais encontrado a venda. Mas agora, 4 anos depois, Ana Costa em parceria com a Biscoito Fino (uma gravadora que só tem gente boa) lança seu novo cd “Novos Alvos” (não é redundância, é o nome mesmo)rs.

Só para constar, a Ana é muito simpática, tem uma voz linda, toca muito bem! Um sambinha bom pra ouvir num barzinho e depois arriscar aquele passinho! Rs

E aqui expresso meus pesares pela falta de interesse de nós brasileiros em prestigiar o que é nosso! A gente tem tanta coisa boa, não precisamos “importar” tudo!

Hoje o enfoque foi um pouquinho diferente, mas ta valendo.

Fotos, clicando no título do post.

Abraço.

imagens: juliana brentegani

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Música: Não sei não, assim você acaba me conquistando! Moinho no Studio

Como diríamos em linguagem twittiana #asPessoasEstaoComentando que tem muito post do Moinho, mas... é mas forte do que eu...

Mais uma vez o show foi no Studio SP que fica na "famosa" Rua Augusta em São Paulo (dia 17/07). Depois de ver o Agnaldo Timóteo passando por lá, concluímos que já era hora de entrar (rs), fora que a fila estava imensa, quem disse que paulistano não gosta de samba? Gosta e gosta muito! Casa cheia!

Por volta das 2:30 a.m. (pelo menos, acredito que fosse), o grupo entrou no palco (ah, detalhe, pra quem não conhece o Studio, o bom de lá é o palco muito baixo, da última vez a Lan até pulou na galera) naquela energia boa! Guga Machado esteve por lá para aquela participação bacana que a gente já está acostumado e curte muito! Ele e a Lan tem uma interação muito legal! O Mazzilo que estava meio sumido dos shows de Sampa também estava presente e naquela vibe que ele tem (adoro o Mazzilo)! Nosso queridíssimo Mau Braga também!

Outra coisa que é muito gostoso no show, é ver o Tonico e a Lan tocando, eles tocam com a alma, a gente nota que o maior motivo que os levam a fazer o que fazem, é o querer, é a paixão mesmo! Sempre com um sorrisão lindo no rosto!
Manu também, sempre sorrindo e interagindo com a galera, dançando, rodopiando, pulando... não sei como ela tem tanto pique!

#oremos rs
E quando a energia dos músicos é assim, o público vai junto! Com as letras na ponta da língua, canções do grupo (na lapa, esnoba, fim de semana) e regravações (maior é Deus, besta é tu, casa de bamba) ecoavam por todo o Studio, que seguia no ritmo do Moinho!

Se você ainda não leu um dos 5.000 posts sobre o Moinho que tem aqui, vou contar o que é o Moinho. rs

Uma banda baiano-carioca, formada inicialmente por Elaine Moreira, Emanuelle Araújo e Toni Costa. Quem são essas pessoas? Tá, vou ajudar, são respectivamente Lan Lan (percussão), Manu (vocal) e Tio Toni (guitarra).

E dizem que foi assim, Manu (que era amiga de Lan) estava morando no Rio e apaixonada pela vida noturna e pela efervecência musical/cultural carioca (principalmente da Lapa), convida a amiga (do cabelo até então arrepiado Lan) para fazer um som na noite carioca, Lan (que conhecia Toni de outros carnavais) convidou-o para tocar, o ex-guitarrista de Gilberto Gil (Toni) por sua vez trouxe Pedro Mazzilo direto das rodas de choro cariocas para seguir no baixo, Maurício Braga que era do rock para a bateria e Nara Gil produtora, irmã de Preta Maria e filha de Gil para dar um suporte para Manu como backing vocal. Pronto, esse é o time!
Mas como eles mesmos fazem questão de lembrar, nada foi planejado, então certamente a primeira apresentação do (até então) Moinho da Bahia, não foi com todo esse pessoal, eles se encontravam, tocavam, curtiam e foi isso que fez com que os cariocas se apaixonassem pelo grupo e voltassem, trocadilhos a parte "Era tudo improviso". E na verdade, esse ato do improviso é que é o grande diferencial do Moinho, o que os torna uma banda de palco (como o grupo mesmo se define).

Bom, em uma próxima oportunidade continuo a história. rs

Abraço!

*Ah, as fotos não estão lá muito boas, mas... foi o máximo que deu pra fazer. rs

domingo, 18 de julho de 2010

Isso é problema dela! (Parte 2)

Continuando... Mas a terra da garoa (que não tinha garoa, só um friozinho básico #ironia) estava muito convidativa, dia 02/06 (véspera do feriado e plena quarta-feira), soube da notícia de uma festa diferente, isso, uma festa feita por atores e a princípio era apenas para eles, mas... tudo que é bom precisa ser compartilhado (por favor, sem egoísmo e abaixo o etnocentrismo)rs, então agora aGambiarraAfesta é aberta ao público (claro que tudo tem um preço, enfim) rs. O conceito da festa em si já é muito bacana, com músicas boas remixadas (você já imaginou tocando Elis na balada, então), a parte do foda-se (pois não dá pra fugir do besteirol né) rs e tudo mais. Aí a junção de tudo isso com um show (GambiShow), não deu pra resistir, o convidado da vez era a banda baiano-carioca, Moinho (nem preciso me alongar muito então né)rs. O show foi naquela energia e dessa vez tinha muita luz, ritmo de balada mesmo, pessoal todo "na pegada" e ai ai ai, samba menina, ai ai ai, na esquina paranóia delirante do Moinho Eventos o negócio pegou fogo. (to fazendo gracinha demais né, é emoção) hehehe  

Ufa, depois da energia da Gambi, um dia mais sussa, outro de salsa e vamos curtir a Roberta Sá no Sesc Pinheiros. O show da Sá foi lindo mesmo, ela rodopia mais que pião e canta muito, ela e sua bat banda (que tem a tímida Adnet no baixo). Quando o público já estava quase subindo pelas tabelas, ela me vem com essa história de terminar o show, como assim? Volta, fica aí com a gente até amanhã! rs (Roberta Sá é outra ponte minha com o Rio (rs), encontramos 3 amigos cariocas lá).
Site Pra se ter alegria:  http://www.robertasa.com.br/


Vamos voltar pra Campinas que acabou a folga né, tá achando que tá fácil então. Mas Campinas não deixou a desejar hein, o Sesc trouxe para encerrar o V Fórum Internacional de Ginástica a banda Black Rio, o que? nunca ouviu, tá perdendo hein... Bom, desse show não vou nem comentar, pois meu amigo Gui fez um post lindo e super bem escrito sobre o show, seria até desaforo eu resumir em 3 ou 4 linhas e negar essa leitura que vale a pena! Segue link: http://1terco3.blogspot.com/2010/07/o-melhor-do-brasil-sem-rodrigo-faro.html .

"A maior surpresa foi constatar que algumas canções brasileiras também estavam na boca dos gringos. Durante a execução de duas músicas (Azul da Cor do Mar [Tim Maia] e Chora [Beth Carvalho]) via as bocas estrangeiras tentando balbuciar o idioma desconhecido com autoridade para tanto. Foi legal saber que nossa cultura não é tão negativamente estereotipada como pensava."
(Guilherme  Barreto - 1/3)

E pra começar bem a semana, dia 04/07,a Casa São Jorge (que sempre é uma boa)rs. Fomos conferir o trabalho da turma da Velha Arte do Samba. O grupo que sempre traz em seu repertório canções tradicionais do samba, que levanta a galera (ah, casa cheia, só para constar), excelente para curtir e dançar com uma gelada e os bolinhos de aipim (ai ai ai). rs
Como a Velha Arte não tem site, mas sempre estão na "Casa do São Jorge" : http://www.casasaojorgebar.com.br/home.htm

Então acho que é isso! Um clique no título do post, fotos.

Abraços.

imagem: Moinho/Gambi - divulgação
Roberta Sá e Black Rio - Ju Brentegani
Velha Arte - Guilherme Barreto

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Teatro: Até que Ponto Cia Teatro + Gogól = O Inspetor Geral (Vale o risco!)

E vamo que vamo, na pilha... no final dos semestres os alunos de artes costumam fazer apresentações de suas montagens, são os experimentos para que na montagem final ( a de conclusão de curso) tudo saia o melhor possível!

Há 3 anos vejo pelo menos uma dessas montagens semestrais (geralmente tem mais de uma peça por turma) e costumo me identificar, as peças realmente me tocam! Uma vez assisti uma que se chamava “Vitor”, a peça era muito linda, lembro que fiquei emocionada e na boa, não pareciam estudantes, bom, mas voltando... sou muito suspeita pra falar (já que minha prima atua nessa e já que meu caso de love com esse tipo de trabalho é descarado)rs, mas vamos aí!

Nesse semestre a montagem do grupo Até que Ponto Cia de Teatro, turma 07 da Unicamp, foi O inspetor geral. Diversificando de todas as outras montagens que eu havia assistido, essa surpreendeu primeiro por ser comédia (na verdade satirizada) e ponto, normalmente as peças são super viajadas, pra você ficar horas questionando um dado; não que os questionamentos não vieram e que não viajei no tempo com a história e à tenha visto na atualidade, mas o fato de tudo isso acontecer e você rindo e se divertindo, amenizaram as duas horas e quarenta minutos de peça... isso mesmo, um cadinho longa, mas valeu e muito!
Bom, vamos a história né!? (A só para constar, a peça contava com 12 atores que faziam “n” personagens... Seguinte, a história se passa em uma pequena cidade/povoado/vilarejo/província (ou seja lá como queiram chamar) onde o Governador utilizava de seu poder para obter benefícios no comércio da cidade e fazia tudo na “maciota” (desvios de verba e conduta, abuso de poder, enfim...), junto com ele outras pessoas (como: delegado, médico, professora...) também utilizavam de seu cargo/poder para conseguir esses benefícios, mas todos surtam quando ficam sabendo que a província receberá a visita de um inspetor geral, que relatará tudo que está em desacordo ao rei. Paralelo a isso temos vários personagens que vão ajudando na construção da história e dando o lado cômico da peça. Enfim, eles tentam tapar os “buracos” existentes na cidade interiorana e fazer de tudo para agradar o tal inspetor, porém acontece um probleminha, acabam confundindo o inspetor e eles que tentavam enganar, acabaram sendo enganados por um mimado, que havia perdido todo seu dinheiro no jogo, mas tinha muita pinta de duque. (Queria muito lembrar o nome dos personagens, mas além de serem longos, acho que tinham uma raiz alemã com railavasanviski, entende? rs mas ajudavam e muito no contexto).

Tapar o sol com a peneira, abuso de poder, julgar pela aparência, valorizar a cultura do outro mais do que a própria, preconceito de diversas formas, política, fidelidade (ou melhor, a infidelidade de todos na cidade), simplicidade (também foi abordada com os personagens dos empregados da casa)...

Essas foram apenas alguns dos tópicos que foi possível repensar com a peça. Sei que é um absurdo resumir tanto a peça, mas acho que todos devem assistir para tirar suas próprias conclusões).

Ah, e qualquer semelhança da história com a atualidade, é mera coincidência tá? rs

Então, quando cheguei em casa pra procurar uma imagem para ilustrar o post, vi que tinha o resuminho da divulgação... segue:

“A sátira é uma lição, a paródia é um jogo”. (Nabókov)

Ao longo do processo abordamos a peça através de “jogos teatrais”. Como é jogar cada situação proposta pelo texto e através da compreensão desta, descobrir novos jogos? O jogo deve ser divertido e verdadeiro, é gerado pelo que acontece em cada momento e seu alimento é a espontaneidade. Como vem do espaço exige do “ator-jogador” alenção, disponibilidade e gosto por querer aproveitar cada oportunidade. A oportunidade é um verdadeiro presente, mas não significa que o jogador deva ser oportunista, há uma diferença fundamental entre essas duas coisas. Nesta peça de Gogól nenhum personagem é salvo, são oportunistas no meio em que vivem. A cidade está fadada ao descaso e a corrupção. (Uma situação muito próxima e conhecida por nós brasileiros nestes tempos que correm).

Montar “O inspetor geral” nos coloca de frente com estas questões e muitas outras. Quando somos nós mesmos oportunistas? E a nossa própria corrupção? Quando nos vendemos? Etc. Sentimos que a sátira aponta o problema para fora de si, ela está nos outros. O jogo nos mostra a condição humana, gostemos ou não do que vemos. A proposta é encontrar outras dimensões para nossa real situação e jogar com o que temos, se o jogo nos possibilitar descobertas verdadeiras e for divertido. Vale o risco.

imagem: divulgação

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Música: Isso é problema dela! (Parte 1)

Saudações tímida aos amigos! rs

Bloquinho retornando a ativa, como fiquei muito tempo sem dar o ar da graça, vamos partir pra um resumão da nossa vida noturna que esteve em uma fase bastante interessante né!?

Começando com uma parte do Projeto Filc (Festival Internacional de Leitura de Campinas), sei que todo mundo deve tá cansado da foto gigante e da palavra melodia que está no ar desde... deixa pra lá, mas preciso comentar né. rs Do show do dia 29/05, que aconteceu na Estação Guanabara e trouxe o "negro gato" e a Orquestra Sinfônica Municipal de Campinas, isso mesmo, os dois juntos e simultâneamente (redundante então não sou) rs. A apresentação reuniu muitos amantes da leitura, da boa música, aspirantes a escritores, curiosos, enfim. Quem foi e não era convidado vip, tentou assistir a apresentação depois de várias fileiras cadeiras (gosto de ver de perto), mas enfim... No início o show apresentou algumas dificuldades técnicas, esqueceram que nosso querido negro gato era apenas um, contra toda uma orquestra, mas depois o deslize foi solucionado e o pessoal pôde curtir uma apresentação linda e cantar muito, principalmente os sucessos mais antigos do Melodia.

Passando pelo dia 15/06 (isso mesmo, depois da estréia do Brasil na Copa) e foi logo após mesmo, o jogo deve ter terminado por volta das 17:15 e às 20:00 hr (pontualmente) eis que a Conexão Cultural do Parque Dom Pedro traz a Campinas mais um show dos bombásticos, isso, o "homem bomba", o maranhense, ainda não? Como assim, só você não sabe, porque nunca vi aquela praça de alimentação com tanta gente, nem dia 05 na hora do almoço.. mas vou ajudar então, a conexão troxe o Baleiro e companhia ltda (isso, Fernando Nunes inclusive). O público, aliás, o mar de gente que se encontrava no Dom Pedro cantou, dançou e curtiu (e muito) o show, Zeca apresentou canções mais antigas (triste tristinho), novas (será que essa gente percebeu), canções dele e emprestadas. rs Ainda preciso "ver" o show , mas asseguro que "ouvir" também foi muito bom!

Dia 30/05 partimos (como assim partimos? sim, fiel escudeiro Gui and me)rs rumo a terra da garoa para conferir de pertinho o projeto Grandes Encontros no Shopping Anália Franco (é, eu sei, show em shopping é complicado, tem que chegar cedo pra quem não sabe, claro que nós não conseguimos né) rs. Voltaaando, o Projeto trouxe o carioca, que nasceu sobre o pandeiro, isso o filho do saudoso João Nogueira e a participação da jurada do Ídolos, a moça que faz um Samba super Chic, Paula Lima. Local lotado (claro) e maravilhoso (não tinha como ser diferente). Paula participou de duas ou três músicas, entre elas Meu guarda-chuva e é É isso aí (não, não é a música da Ana com o Seu Jorge, ia ficar estranho né, é uma conhecida como é problema dela)! Diogo cantou sucessos seus, do papai e de vários parceiros, mas a hora que o povo realmente se acabou (traduzindo, puderam levantar das cadeirinhas e curtir mesmo) foram nas últimas canções do Portelense, que mandou os sambas enredos mais conhecidos!

Nossa, achei que eu não tinha feito nada por esses dias sumidos... mas... acho até que vou dividir o post em dois. ahhaha mas é sério, senão fica muito cansativo, até mais então!

Como de praxe, clica no título e fotos!

Abraços!

fotos:julianabrentegani